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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Hepatite B pode não apresentar sintomas, mas causar câncer no fígado

A hepatite B é uma infecção nas células do fígado causada por um vírus. Ela é transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais de alguém infectado. O vírus da hepatite é bastante resistente, podendo sobreviver sete dias em ambiente externo. A doença é misteriosa: é possível ter hepatite B e não saber. Se você não apresentar nenhum sintoma, vai achar que está apenas gripado. Enquanto isso, o vírus vai inflamando seu fígado e você pode ser um transmissor da doença sem saber.

A partir de agosto de 2011, a rede SUS (Sistema Único de Saúde) passará a oferecer testes rápidos para detectar as hepatites B e C. Os resultados devem ficar prontos em meia hora e, em caso positivo, os pacientes devem ser encaminhados para acompanhamento médico.

A princípio, os testes serão oferecidos nos CTAs (Centros de Testagem e Aconselhamento) - centros especializados em diagnosticar e prevenir DSTs, onde é possível fazer testes para sífilis, HIV e, agora, hepatites B e C - de algumas capitais do país.


Contágio: a transmissão do vírus, que sobrevive até sete dias em ambiente externo, pode ocorrer pelo sangue, sêmen ou fluidos vaginais (inclusive pelo sangue da menstruação). Assim, os meios de transmissão podem ser as transfusões de sangue, agulhas contaminadas, instrumentos cirúrgicos e odontológicos, relação sexual ou ser transmitido para o bebê, após o parto (a amamentação não apresenta riscos).


Sintomas: os sintomas desta infecção geralmente aparecem entre dois e três meses após a pessoa ter sido contaminada pelo vírus. Em alguns casos, porém, os sinais da doença podem demorar até seis meses para aparecer. Sensação de muito cansaço, febre branda, dor de cabeça, falta de apetite, enjoo ou ânsia de vômito, dor de estômago, diarreia, dor muscular e nas juntas, urticária, pele, olhos e mucosas amareladas (este sintoma só aparece depois que os demais começam a ir embora). Na infecção por hepatite B de longo prazo, a chamada hepatite crônica, o paciente fica com o vírus por pelo menos seis meses em alguns casos, pode ficar com ele pelo resto da vida. Os sintomas, nesse caso, não aparecem com tanta frequência. Quanto mais nova a pessoa é infectada pelo vírus, maiores serão as chances de desenvolver a hepatite crônica.


Cuidados na gravidez: A recomendação é que as mulheres se imunizem contra a hepatite B e também contra a A, por meio da vacina, caso elas ainda não tenham adquiridos os anticorpos. Contra a hepatite C, no entanto, não há como se proteger. Caso a grávida já seja portadora do vírus das hepatites B ou C, deve conversar com seu médico, que irá indicar uma alimentação adequada para diminuir os riscos ao fígado. Quando a mãe é portadora do vírus da hepatite B, a criança é vacinada ao nascer, podendo depois ser alimentada com o leite materno.


Tratamento: medicamentos não são necessários, pois, na maioria dos casos, a infecção vai embora sozinha. Comer bem e beber muita água ajudam o corpo a se recuperar mais rapidamente. Para amenizar os sintomas, o médico pode receitar também remédios contra dores, febre e enjoo.


Quando procurar o médico? É preciso buscar ajuda médica rapidamente se a pessoa que está infectada com o vírus da hepatite A ficar seriamente desidratada, com vômito constante. Os seguintes sinais também podem indicar que o paciente está com o fígado muito infeccionado e comprometido: irritação extrema, raciocínio confuso, muita sonolência, perda de consciência, inchaços pelo corpo, especialmente nas mãos, rosto, pés, tornozelos, pernas, braços e abdômen e sangramento no nariz, boca e reto (fezes com sangue).


http://msn.minhavida.com.br/conteudo/11639-Hepatite-B-pode-nao-apresentar-sintomas-mas-causar-cancer-no-figado.htm?ordem=1#gal

Além de reduzir o sódio da dieta, aumentar a ingestão de potássio pode ajudar na saúde cardíaca e na redução da mortalidade por essas causas, conforme foi publicado no Archives of Internal Medicin

Vários estudos epidemiológicos sugeriram que a maior ingestão de sódio e a menor ingestão de potássio estão associadas ao risco aumentado para o desenvolvimento dedoenças cardiovasculares (DCV). Poucos estudos avaliaram os efeitos conjuntos da ingestão desses elementos no risco de mortalidade.
A pesquisa prospectiva e de coorte, conhecida como Third National Health and Nutrition Examination Survey (1988-2006), publicada na revista científica Archives of Internal Medicine, teve o objetivo de investigar e estimar a ingestão de sódio e potássio, bem como a relação de proporção entre os dois elementos em relação ao risco de todas as causas de mortalidade cardiovasculares. Uma amostra nacionalmente representativa de 12.267 adultos dos EUA participou das avaliações.
Durante um período médio de acompanhamento de 14,8 anos, foram documentadas 2.270 mortes, incluindo 825 mortes por doenças cardiovasculares (DCV) e 443 mortes por doenças isquêmicas do coração (DIC). Após ajuste multivariado, a maior ingestão de sódio foi associada ao aumento de todas as causas de mortalidade, enquanto a maior ingestão de potássio foi associada a um menor risco de mortalidade. Quanto ao sódio-potássio ingeridos, uma maior relação entre os dois, ou seja, um consumo maior de sódio em relação ao consumo de potássio, está associado ao aumento significativo do risco de DCV e mortalidade por qualquer causa. A maior ingestão de sódio está associada ao aumento da mortalidade total na população geral dos EUA.
O sódio está presente principalmente no sal de cozinha e nos alimentos processados, e o potássio em vários alimentos como a banana, espinafre, ameixa, iogurte natural e peixes. É importante lembrar que pessoas com doença renal crônica podem precisar limitar a ingestão de potássio na dieta.
NEWS.MED.BR, 2011. Além de reduzir o sódio da dieta, aumentar a ingestão de potássio pode ajudar na saúde cardíaca e na redução da mortalidade por essas causas, conforme foi publicado no Archives of Internal Medicin. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/225745/alem+de+reduzir+o+sodio+da+dieta+au.htm>. Acesso em: 28 jul. 2011.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

LONGEVIDADE & ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL


A ciência do envelhecimento, motivada por encontrar a fonte da juventude ou pela curiosidade de entender como e por que envelhecemos, vem crescendo bastante e muitas informações sobre os mecanismos moleculares e celulares, envolvidos no processo de envelhecimento, estão sendo estudados. Diversas são as tentativas de explicação para esse processo, desde os questionamentos à teoria evolutiva de Darwin até o esclarecimento de como ocorre o envelhecimento em seres vivos menos complexos como leveduras, larvas e ratos. Atualmente, o que se sabe é que o envelhecimento pode ser caracterizado como um processo de impedimento progressivo e generalizado de funções que resulta no aumento do risco de doenças e morte, acompanhado pela diminuição da fertilidade, e que esse processo é multifatorial, sendo influenciado por vários aspectos como a saúde mental e os hábitos de vida.
A reportagem “Os novos caminhos para a longevidade”, publicada na revista Isto É, traz descobertas que revelam a influência da personalidade, do relógio biológico e da quantidade de alimentos ingerida para garantir uma vida mais longa e saudável. Segundo a matéria, estudos revelam que indivíduos de temperamento irritadiço, mais propensos a neuroses, estão sujeitos a prejuízos na atenção, emoções e memória. Respeitar o relógio biológico, ou ritmo circadiano, também é importante. Os autores afirmam que preservar o sono e fazer refeições no mesmo horário ajuda a regular o ritmo biológico, prevenindo alterações e doenças. Em relação à alimentação, enfatizam a importância da restrição calórica e do consumo de uma dieta saudável como fatores determinantes para prolongar o tempo de vida.
O mecanismo biológico responsável pelo efeito da restrição calórica na longevidade ainda é controverso; no entanto, algumas hipóteses têm sido propostas, tais como a redução da gordura corporal, com melhora da sinalização da insulina; e a redução da produção de espécies reativas de oxigênio, com consequente atenuação dos danos oxidativos.
As alterações fisiológicas, importantes durante o período de privação calórica, são iniciadas com a redução da concentração de glicose no sangue, ocasionada pela baixa ingestão de energia proveniente da dieta. Isto leva a uma diminuição da produção de insulina pelas células beta do pâncreas e, consequentemente, a uma diminuição do depósito de tecido adiposo, que é um órgão endócrino capaz de produzir hormônios ativos em todo o organismo, como o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa), a resistina, a adiponectina e a leptina. A alteração do depósito de gordura poderia modificar a secreção desses hormônios, como liberar maior concentração de adiponectina e menor concentração de TNF-alfa, melhorando a sensibilidade à insulina em diversos tecidos, como o muscular e o hepático. Essas mudanças endócrino-metabólicas poderiam promover maior expectativa de vida.
As espécies reativas de oxigênio (ERO), ou radicais livres, são formadas pela respiração celular, sendo o ânion superóxido (O2-), o peróxido de hidrogênio (H2O2) e o radical hidroxil (OH-) os mais conhecidos. Estas moléculas oxidam parcialmente outras moléculas que se encontram próximas, tais como lipídeos, proteínas ou ácidos nucleicos (DNA e RNA). Além disso, as ERO ativam um fator de transcrição pró-inflamatório denominado NF-κB, responsável pela transcrição de proteínas pró-inflamatórias como TNF-alfa e interleucinas 1, 2 e 6. Os danos oxidativos, assim como a ativação de genes pró-inflamatórios, causados pelas ERO, estão fortemente relacionados ao envelhecimento e à patogênese de diversas doenças crônicas não transmissíveis, como aterosclerose, diabetes, artrite reumatoide, desordens neuro-degenerativas e câncer. A restrição calórica parece promover melhora nos danos oxidativos, com a supressão da expressão e da ativação do NF-κB.

A privação calórica também parece regular genes envolvidos no reparo celular, na resistência ao estresse, na proteção contra danos oxidativos e na prevenção de algumas alterações que ocorrem com a idade. Em leveduras, descobriu-se que o efeito determinante da longevidade era mediado pela indução de um gene chamado silent information regulator 2 (regulador de informação silenciosa 2, ou Sir2). Estudos mostraram que a Sir2 pertence a uma classe de proteínas chamadas sirtuínas. Em mamíferos, sabe-se que há sete genes de sirtuínas, sendo a sirtuína 1 (SIRT1) a mais parecida com a Sir2, e que a restrição calórica aumenta as concentrações dessa molécula. Esse aumento leva à redução do metabolismo energético, que submete o organismo a um desgaste menor, reduzindo assim a produção de substâncias que agridem as células, como as ERO. Tal mecanismo tem sido associado ao maior tempo de vida.
Estudos em animais demonstram que a restrição de 10% a 50% das calorias totais diárias levam ao prolongamento do tempo da vida e ao envelhecimento com menores índices de tumores, doenças cardiovasculares e problemas de aprendizagem e memória, mas ainda não está estabelecido se teria o mesmo efeito benéfico sobre a longevidade de humanos. Entretanto, estatísticas mostram que a escassez de comida durante a Segunda Guerra Mundial foi associada a uma diminuição de mortalidade por doença coronariana em países europeus.
A matéria também descreve que não basta comer menos, mas também é essencial cuidar da qualidade do que se come. Pesquisas recentes sugerem que o consumo de substâncias, como fitoquímicos e aminoácidos, também desempenham papel fundamental para a promoção da longevidade.
Os fitoquímicos, também conhecidos como compostos bioativos, são substâncias encontradas nos vegetais e conhecidas por oferecerem proteção contra ataques de insetos e doenças nas plantas, mas que também apresentam uma série de benefícios à saúde humana. O texto descreve a atuação dos fitoquímicos presentes no chá verde, própolis, geleia real, romã, salmão, sardinha, suco de uva, vinho tinto, alho, cúrcuma, ginseng, quinua, arroz integral, aveia, azeite de oliva, castanha-do-Brasil, frutas vermelhas, gengibre, óleo de coco, tomate, brócolis e soja como importantes para a prevenção do envelhecimento da pele, do cérebro, das artérias e dos ossos. Em todos esses alimentos encontram-se compostos bioativos com capacidade antioxidante, anti-inflamatória e anti-carcinogênica, o que explica seus benefícios à saúde. Também são citados os papéis de aminoácidos como a metionina e a cisteína na regeneração dos tecidos, na destoxificação hepática e na prevenção de doenças cardiovasculares, neuromotoras e degenerativas, como a doença de Alzheimer.
Outro aspecto abordado é o incentivo à diminuição do consumo de refrigerantes, apresentando evidências que demonstram a redução do tempo de vida pelo excesso de consumo de fosfato, presente em grande quantidade na bebida. Outros fatores também poderiam ter sido abordados, como o aumento do consumo de gorduras trans, sal e açúcar pela população brasileira, como demonstram os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. Segundo a POF, o brasileiro tem deixado de consumir alimentos basicos como arroz, feijão, frutas e verduras, e aumentado o consumo de alimentos processados e industrializados, o que, além de representar menor oferta de carboidratos complexos, fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos, aumenta a exposição a xenobióticos, como aditivos químicos e adoçantes artificiais, e a disruptores endócrinos como o bisfenol A. Essas substâncias estão associadas ao desenvolvimento de disbiose intestinal, alergias alimentares, sobrepeso, obesidade, resistência à insulina, diabetes, câncer, entre outras condições que reduzem a qualidade e a expectativa de vida.
Mais importante que as estratégias para se descobrir os mecanismos envolvidos com o envelhecimento, ou as fórmulas que levem à longevidade, são os fatores capazes de propiciar maior tempo de vida com qualidade. Há muito se fala sobre aumento da expectativa de vida como um dos índices de desenvolvimento de um país e que fazem com que ele seja classificado como subdesenvolvido, em desenvolvimento ou desenvolvido. A expectativa de vida acima dos 73 anos pode parecer ponto favorável para uma população. Mas até que ponto devemos nos preocupar com a quantidade de tempo vivido? Mais importante que isso é valorizar as condições que levem a um envelhecimento saudável, livre de doenças crônicas não transmissíveis e de condições que afetem o bem-estar físico e mental e a qualidade de vida das pessoas.
* Texto elaborado pela Dra. Camila Almeida Menezes, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Maçãs preservam a massa muscular

O enfraquecimento muscular é uma companhia ruim e constante no processo de envelhecimento e também em várias doenças. Dependendo do grau de depleção muscular, aumenta o risco de quedas e o tempo de internação hospitalar.  Hoje são conhecidos 63 genes responsáveis pela diminuição da massa magra, em camundongos e 29 genes, em seres humanos. A indústria farmacêutica vem pesquisando formas de inibir a ativação de tais genes. Mas o que sabe hoje é que o ácido ursólico, composto naturalmente presente em maçãs tem esta capacidade. Em estudo publicado na revista Cell Metabolism o ácido ursólico também diminuiu a resistência à insulina, a glicemia, o colesterol e os triglicerídeos. O estudo mostra mais uma vez que uma dieta balanceada é fundamental à saúde, já que muitos outros compostos como o ácido ursólico, mas que ainda são desconhecidos para nós, devem possuir efeitos favoráveis que vão além do teor de vitaminas e minerais presentes.
por andreiat

Nutrientes importantes para a saúde óssea


por andreiat
Fatores de risco para doenças ósseas incluem história familiar de fraturas ósseas, idade avançada, etnia branca, baixa estatura, baixo peso, baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio, alta ingestão de proteína animal, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, uso de medicamentos corticosteróides, uso de heparina ou metotrexato. Por isto, a adoção de um estilo saudável o quanto antes é primordial. Além da prática moderada de atividade física, do abandono do tabagismo e da redução do consumo alcoólico, a ingestão de nutrientes envolvidos na saúde óssea é altamente desejável.
Boro - Está relacionado à melhoria do conteúdo mineral ósseo, dando força ao tecido. Frutas secas, amêndoas, folhosos verde escuros e suco de uva são fontes do nutriente.
Cálcio –
o consumo adequado é fundamental mas não é só. Devem ser evitados alimentos que estimulam a excreção do mineral, como proteínas animais, sódio, gorduras em quantidade excessiva e cafeína.
Cobre - O cobre atua como co-fator de enzimas envolvidas na síntese de constituintes da matriz óssea. Fontes principais: ostras, cacau, nozes, feijão, farinha de soja, mariscos.
Fibras – Diminuem a inflamação do tecido intestinal, fortalecem o sistema imune e melhoram a disponibilidade do cálcio, por servirem de substrato para bactérias probióticas intestinais, as quais acidificam o pH intestinal. Capriche no consumo de frutas, verduras e cereais integrais.
Lisina – este aminoácido pode aumentar a absorção do cálcio, por isto o cálcio quelado à lisina é a fórmula de preferência.
Magnésio – a deficiência está relacionada à má formação óssea. O magnésio também é fundamental para a memória. Aumente o consumo das fontes  principais: vegetais folhosos verde-escuros e cereais integrais.
Manganês – Fornece estrutura para a calcificação óssea. As fontes mais ricas em manganês são os grãos integrais, leguminosas e nozes.
Ômega-3 – Promove a incorporação do ácido eicosapentanóico (EPA) nos fosfolipídios de membranas, diminuindo a inflamação tecidual. Fontes incluem peixes de água salgada e fria e linhaça.
Potássio – O consumo adequado diminui a excreção de cálcio na urina. Frutas e verduras são ricas em potássio.
Silício – Atua na formação da matriz óssea, criando ligações de colágeno e proteoglicandos durante o crescimento ósseo. Aveia, milho, arroz, cevada e cavalinha fornecem silício.
Vitamina C – Promove a síntese de colágeno. Nos casos de osteoporose é recomendada suplementação de até 1g ao dia. Frutas cítricas são ricas na vitamina.
Vitamina D - sem ela, apenas 10 a 15% do cálcio dietético é absorvido, aumentando o risco de fraturas.
Zinco - Aumenta a atividade da vitamina D. Fontes incluem carnes, aves, frutos do mar, semente de abóbora, lentilhas.