Para  a nutricionista Cristiane Zanela, professora do curso de nutrição da  Universidade de Fortaleza (Unifor), não seria uma opção inteligente  abolir o sal, o açúcar ou a gordura da alimentação. O prazer em comer  tais alimentos é um fator que interfere na escolha deles e na não  adaptação a outros, mas é preciso tentar mudar. “O ato de comer envolve  bem mais que a ingestão de alimentos, envolve o prazer, o paladar.  Estamos falando de ingredientes que fazem toda a diferença no sabor dos  alimentos”. 
Ela  aconselha a substituição ou o consumo menor deles. “Em substituição ao  açúcar, temos os adoçantes. Em substituição ao sal, temos o sal light e o  uso de ervas que dão um sabor acentuado aos alimentos, tornando-os mais  palatáveis”, aconselha.
Outra  dica da nutricionista para a substituição é dar preferência aos  alimentos naturais, como verduras e grãos, evitando industrializados.  “Deve-se partir do princípio de que todos os alimentos industrializados  necessitam de algum tipo de conservação para terem vida mais longa,  normalmente estes conservantes são a base de sal ou açúcar”. Ela aponta o  consumo de alimentos frescos, como grãos e verduras, como a melhor  escolha. “O consumo de grãos ou verduras é melhor porque temos certeza  que eles não têm nenhum tipo de conservante”.
 Leite e ovos
Repleto  de teorias que ora indicam os benefícios ora indicam os malefícios  desses elementos, a médica nutricionista Cristiane Zanela orienta.  “Quando falamos do leite e dos ovos, não são estes alimentos que são  ruins e sim o que eles carregam: gordura (leite) e colesterol (ovos). A  opção seria sim a substituição por um outro tipo ou o consumo menor  destes alimentos”, adverte. Atitude defendida também pelo doutor em cardiologia pela Universidade de São
Paulo  (USP), Ricardo Pereira Silva. Professor da área na Faculdade de  Medicina da UFC, o médico recomenda que a ingestão do ovo ou do leite  deva ser apenas controlada. “O ideal não é retirar. Não propomos isso a  um paciente que apresente, por exemplo, hipertensão ou diabetes. O  problema do ovo é a alta porcentagem de colesterol por causa da gema.  Comer duas ou três vezes por semana é a dose recomendada”, explica.
Quanto  ao leite, Pereira ratifica. “O indicado é substituir por um outro tipo.  O leite integral, para os adultos, é o mais perigoso pois apresenta  alta concentração de gordura saturada. Basta fazer a opção pelo leite  desnatado”, aconselha. (Sara Rebeca Aguiar)
SAIBA MAIS
AS GORDURASAs gorduras são apontadas pelos médicos como as responsáveis pela obesidade e riscos cardíacos. Ainda assim, eles sustentam que elas são indispensáveis à saúde. “O que deve ser evitado é o excesso. Deve-se também observar o tipo de gordura que se consome”, avalia a nutricionista Bernadete Carvalho, do CIHD.
Na quantidade adequada, a gordura desempenha várias funções e reações químicas importantes. Algumas vitaminas, como a A, D, E e K, só são absorvidas com a ajuda das gorduras. Sob a pele, a gordura chamada de camada adiposa também protege o corpo contra o frio e os choques.
Há também a reserva energética. Quando se passa muito tempo entre um intervalo e outro das refeições, os carboidratos esgotam-se e o metabolismo começa a queimar a gordura acumulada para que os órgãos continuem funcionando.
É dessa lógica que vem a recomendação da nutricionista Dilbani Alencar, do CIHD. “É importante comer pequenas quantidades de alimentos saudáveis de três em três horas. Quando passamos muito tempo sem comer, o corpo compreende que precisa acumular energia e o metabolismo passa a absorver menos durante as refeições, o que origina as famosas gorduras localizadas”.Ela explica que com o tempo, é ela que pode gerar sérios problemas cardíacos, já que pode acumular-se nas veias e artérias.
Fonte: O Globo Online

 
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