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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Não esperes nada de ninguém

Não esperes nada de ninguém, nem mesmo dos teus mais íntimos.
Anula a idéia de que as pessoas têm algum dever contigo.
Aprende a cumprir a parte que te compete, o melhor que puderes,
mas não exijas o mesmo de ninguém, ainda que sintas que te é devido, Cada
um responde por si.
Lembra-te de que ninguém te deve nada, nem teus familiares mais
chegados. Tudo que fizeste, fazes ou farás por eles é a parte que te
compete fazer. Se exageraste, se deste demais e além de tuas forças, a
culpa é tua. Compreende.
Não sejas sentimental, pensando que tens obrigação de te
desvelares em excesso ou fazer coisas supérfluas, alimentar caprichos
tolos, com o fito de captar-lhes afeto e gratidão. Isto é um grave erro.
Devemos ser bondosos, tolerantes, pacientes, não só com os
nossos íntimos, mas com todos que se aproximam de nós.
Muitas vezes não recebemos o que desejaríamos receber em
afeição e consideração porque nos excedemos em carinho, exageramos em
cuidados; e aqueles a quem os dispensamos, quase sempre nos desprezam, por
acharmos fracos de caráter, vulgares e sem personalidade.
Os que de ti receberam demasiado carinho, que foram
superprotegidos, tornam-se egoístas, indiferentes, julgam que o mundo deve
prostrar-se a seus pés e que todos lhe devem deferências especiais. Como
isto não acontece, poderão voltar-se contra os que não lhes prepararam o
caráter para enfrentar a vida de relação com seus semelhantes, a fim de
viverem em harmonia e conquistar no mundo o seu lugar verdadeiro.
Procuremos viver sem sair do caminho do meio, e saibamos que
não sentiremos falta de retribuição por nada que fizermos, sabendo que
apenas cumprimos nosso dever.
Ninguém nos deve nada.
Não esperemos nada de ninguém, senão da nossa própria
consciência pelo dever cumprido.
O excesso, a mais ou a menos, é sempre prejudicial.

"A virtude exagerada é vício".

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